sábado, 2 de janeiro de 2010


fragmentos, doismilenove.

Assim como 2008 acabou com um início, quero que 2009 acabe com um fim, nada mais justo. Observando minha vida como um filme tenho certeza que 2009 se encaixaria perfeitamente no menu “erro de gravações”. E eu vou tentar todos os dias dizer adeus, vou achar que consegui ás vezes e vou ter certeza que fracassei quase sempre. Serei a mesma tentativa ambulante de todos os outros anos e a mesma ilusão inconveniente. Eu fui e continuarei sendo todo aquele medo, toda aquela nostalgia. Terei necessidade em ser decidida, mas mesmo assim serei parcial, como tantas outras vezes. E sabe aquela minha mania em tentar remediar causas irreversíveis? Ela ainda vai me torturar por anos a fio. Vou querer coisas que eu não posso ter e vou ter coisas que eu não quero e nem preciso. Meus manifestos sentimentais serão sempre verdade, por vezes implícitos, mas sempre reconhecíveis. Vou precisar ser heroína e vou tentar não me menosprezar, até porque isso será inútil. Sentirei inveja de todos aqueles que mudam repentinamente, ao mesmo tempo em que não vou passar a acreditar em mudanças do dia pra noite. Terei tanto pra falar e provavelmente vou ocultar dos interessados e gritar aos desinteressados. Sou um paradoxo, sou bipolar, confusa, inconstante...
e vou continuar sendo tudo isso, queira eu ou não.
Nesse último dia do ano me dei conta de como sou pessimista, porém, passarei os próximos 364 dias de 2010 acreditando fielmente que sou realista.
Vi um pouco de mim em outras pessoas e todas elas me fizeram tão feliz. Sonhos que me pareciam tão distantes se tornaram realidade, o inusitado me fez feliz e a incerteza me fez mais forte. Acordei todos os dias com novos ideais, com um pouco menos de certas crenças, mas de certa forma mais humana.

O ano passou tão rápido e eu como sempre cética, desacreditei.
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