quarta-feira, 30 de setembro de 2009


segura de nada.

Ela queria tanto ter certeza se essa nostalgia era só saudade. O medo mesmo é ser arrependimento. Parece que a imagem dele e as lembranças a consomem, a cada instante mais e mais.

Sem concentração e sem foco, querendo saber se isso tudo tinha propósito, pra ela e pra ele. Se pra ela o tempo só intensificou as coisas, pra ele pode ter mudado tudo. Mistério. Medo. Coragem.

Se houve punição por ter lidado com a indecisão de forma "errada", foi a necessidade da presença, das palavras.

Mais tarde ela ainda vai perceber que pra aliviar sua dúvida vai precisar magoar alguém, e no fim vai ter certeza que quem se magoou foi ela mesma.

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sexta-feira, 25 de setembro de 2009


eis aqui...

Queria ficar por um bom tempo como meu msn, invisível. Perco até muito tempo desejando isso, perco o tempo que eu tenho de sobra.
Aqui está o dia que eu não precisava ter, talvez até que eu não merecia ter. Foi tudo tão rápido, tão banal, tão “eu”.
Vi e deduzi que ninguém precisava ver refletido em mim uma coisa que eu estava tentando inutilmente esconder, ninguém merecia ver isto.
Eu aqui gritando, pedindo, implorando pro meu desejo inconsciente transparecer, mas ele se esconde tanto, se esconde de mim. Acho que até hoje eu tento encontrar, passei por tantas opiniões, tantos sonhos e não consegui encontrar a palavra certa pra definir essa minha necessidade, é, não achei nem mesmo a definição, nem isso.
Eu acho nas perguntas o que eu quero loucamente encontrar nas respostas. Preciso me livrar desse vácuo, dessa ilusão de perguntar o que eu sei que posso responder, mas não quero. Talvez eu nem procure respostas, nem mesmo perguntas, se é que isso é possível, se é que eu sou possível.
Prazer, eis aqui uma indefinição completa, uma necessidade absurda, uma pausa longa, tão longa.
Sonhe, sonhe, sonhe, na maioria das vezes você não vai realizar, mas pelo menos não vai se arrepender de não ter sonhado. Por que eu ainda tenho que ouvir isso? Quero almadiçoar todas as coisas bonitas, quero desprezar tudo o que é bom, quero tanto continuar a odiar tudo isso que chega a pesar.
Se abrir e se fechar pro desconhecido, quero tanto pensar que eu posso. Pode ser até uma compulsão, mas é tão, tão subliminar que prefiro pensar que não existe mesmo.
A multidão um dia poderia ser solidão, e a solidão multidão. Pelo menos no meu círculo eu queria ter um pouco de uma, quando estou submersa em outra.
Estou interessada em mudar de estratégia, quando nem mesmo eu tenho uma.
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segunda-feira, 14 de setembro de 2009


ponto inicial, de saída.

Sinto lhe dizer, mas seu tempo expirou. Não estou interessada em rever o passado, o seu passado. O passado que estou revirando e tentando esbarrar propositalmente não tem nada a ver com o que você está idealizando. Você ainda está relutando pra acreditar naquele meu impulso, digamos que bem planejado até. Ainda reluta pra acreditar no meu temperamento, tentando menosprezá-lo a um simples ressentimento, quando na verdade é só passado. Até meus desejos mais imorais não pretendem incluí-lo, nem sua presença e nem sua saudade.
Sinto lhe dizer que o que procuro não é aparente nestas entrelinhas, mas infelizmente no fundo da sua existência você tem plena ciência do que seja, e mesmo quando finalmente você quiser aceitar isso eu já terei mudado de direção, como faço a tanto tempo e você custou a acreditar.
Você fez uma pausa tão grande pra refletir sobre o que tem certeza hoje, que agora já não consegue me alcançar. Eu também fiz uma pausa na esperança de você continuar, e agora me arrependo disto. Só não fique tão satisfeito com essa minha frustração, por que já consegui me adiantar o bastante pra recuperar a minha vontade de estar satisfeita.
Queria poder ter prevenido, e até mesmo evitado que você se sentisse assim, desorientado, não foi por vingança, caso esteja pensando. Sabe, é que existem coisas que mesmo se eu te falasse você não entenderia, não neste momento em que as perguntas exigem desesperadamente as respostas, não agora.
Um dia, quando você entender que minhas direções já não passam por você e não param em você, talvez você cobre o motivo da sua insistência atual em relembrar em meus rastros aquilo que um dia eu chamei de futuro. Enquanto isso imagine que eu também tento entender que caminho era aquele que passávamos e repassávamos juntos, e tente não lembrar que agora eu já sei que eram em direções opostas.
Agora vou me calar diante de seu presente particular, apenas queria colocar alguns pontos finais que até hoje não tinham ficado claros, nem mesmo pra mim.
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sexta-feira, 4 de setembro de 2009


Ás vezes...

Ás vezes queria poder fazer um rascunho das coisas que preciso sentir, pra não ser precipitada ou incoerente em certas situações que exigem uma comoção que eu não sei de onde buscar.
Ás vezes tenho certeza que sentimentos coletivos não são meu forte. Prefiro sentir todas as emoções alheias filtradas por mim, pode ser egoísta, e provavelmente deve ser mesmo.
Ás vezes não devia crer tão fielmente que posso controlar as ações, e principalmente as reações, quando ás vezes tenho certeza que não posso.
Ás vezes queria não ser tão inconstante e me sentir um pouco equilibrada. Até tento definir todos a minha volta desse modo, pra quem sabe me sentir menos deslocada.
Ás vezes ao tentar enxergar o lado bonito das pessoas, me deparo com a minha aversão e a minha frustração diante do diferente, e do normal.
Só as vezes queria enxergar um pouco de mim em outra pessoa. Mas só ás vezes. Talvez naquele dia em que me cobram demais, que eu me cobro demais, que me julgam demais , que eu me julgo demais, que me definem demais, que eu me defino demais, que me subestimam demais, que eu me subestimo demais. Não quero mais absorver os pontos fracos daqueles que observo, quando só estou tentando entender porque não faço as mesmas coisas.
Ás vezes sinto vontade em entender, mas nem sempre consigo, só ás vezes.
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quarta-feira, 2 de setembro de 2009


eu gosto é do gasto...

...até mesmo dentre todos aqueles sentimentos indefinidos,
ela consegue sentir quais emoções necessita solidificar.
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