domingo, 23 de agosto de 2009


retrato insdicreto.

...era como se os dias fossem todos iguais, como se o tempo estivesse parado dentro daquele ambiente fastidioso. O que lhe condiz ser real parece habitar apenas na teoria, nas entrelinhas de um texto sugestivo.

Posicionada a frente de todos aqueles mortais, talvez a aura de realidade transpareça e o escudo de seu auto-rótulo de excesso de realidade se choque com aquele medo, irreal, até mesmo improvável.

O que de fato é tão obsoleto se torna corriqueiro em um pequeno e tedioso deslize. Um corpo resistente, uma alma pesada, reflexo de todos aqueles dias monótonos, em que ela tentava se biografar inutilmente e se frustrava até com aquele pensamento definido e persistente do seu próprio “eu”, com o qual se classificava fielmente.

Se naquele espaço particular a descrição existe, ela a alimentava na sua forma mais metódica, iludida com a idéia de um dia se ver livre desse sentimento, que de tão pesado mais lhe parece uma cruz envergando suas costas já cansadas. Sente a hora de ceder, mas não sabe por onde começar.
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sexta-feira, 14 de agosto de 2009


Sentia-me contente por não estar apaixonado, por não estar
contente com o mundo. Gosto de estar em desacordo com tudo. As pessoas apaixonadas tornam-se muitas vezes susceptíveis, perigosas. Perdem o sentido da realidade. Perdem o sentido de humor. Tornam-se nervosas,psicóticas, chatas. Tornam-se, mesmo, assassinas. (Bukowski)
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Tudo o que era mau atraía-me: gostava de beber, era preguiçoso, não defendia nenhum deus, nenhuma, opinião política, nenhuma ideia, nenhum ideal. Eu estava instalado no vazio, na inexistência, e aceitava isso. Tudo isso fazia de mim uma pessoa desinteressante. Mas eu não queria ser interessante, era muito difícil. (Bukowski)

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quinta-feira, 6 de agosto de 2009


As coisas nem sempre são por acaso,e neste caso, o que era necessidade surgiu, é você, só você (L).

- diretamente daquele passado que insiste em marcar território.

será que só eu me lembro? é ruim pensar nisto quando se é pessimista.
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quarta-feira, 5 de agosto de 2009




“Minha aversão se tornava subliminar no momento em que eu era auto-estimulada a falar, calar, ouvir, cheirar, sentir, perdoar, ignorar, rejeitar, beijar, tocar, sorrir, chorar, recuar, avançar, surpreender, prever, reconhecer, andar, parar, cantar, xingar, elogiar, reclamar, aproveitar, despedir, esquecer, continuar, aprender, aproveitar e não olhar para trás. Tudo isso com um propósito inconsciente, de perder algo que hoje creio ser necessidade encontrar.”


Revirar o passado e tentar encontrar perguntas para respostas do presente.
Por agora é só.


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