quarta-feira, 28 de abril de 2010
28
abr
longíquo e meu.
eu nem preciso dizer que o que você achou em mim foi algo que eu pensei ser impossível encontrar, né?
28
abr
notas de uma 'girl afraid'...
Se todas essas nossas despedidas são prévias para um futuro adeus, então eu sei que esse dia será o pior da minha vida. Não que eu queira presenciar isso, não. Só não posso estar despreparada para voltar e firmar os pés no chão novamente. É a vez dos gritos internos. Eles repetem incansavelmente; não é um sonho, não é um sonho, não é um sonho. Me apavoro ao pensar que o eco desses gritos pode voltar em minha direção, jogando na minha cara o quanto fui ingênua.
Essa sensação vai fugindo aos poucos, eu sei...
sexta-feira, 23 de abril de 2010
23
abr
repetir tuas falas sem pensar...
Essas nossas piadas clássicas insistem em ilustrar situações céticas. O amargo gosto de necessidade se funde ao domínio condicional. É claro que meus deleites se transformam em incógnitas, em fração de segundos. E como isso me preenche. Os dias tentam se completar desesperadamente, à procura de longos refúgios. Em vão. Horas compridas que antes eram rotina, hoje exercem o desprazer da paciência. Me perdendo e tentando acertar o alvo do nosso equilíbrio. Seria fácil se você não me deixasse à deriva na realidade.
domingo, 18 de abril de 2010
18
abr
c: não apague as luzes pra mim.
n: mas eu tenho medo do que a claridade pode me causar.
c: e as coisas perdidas? como achar?
n: não se pode perder o que nunca se achou.
c: eu preciso achar o que você perdeu.
n: você não pode lidar com coisas que pra mim são enigmas.
c: eu posso tentar.
n: você quer?
c: sim, só não apague as luzes.
n: mas eu tenho medo do que a claridade pode me causar.
c: e as coisas perdidas? como achar?
n: não se pode perder o que nunca se achou.
c: eu preciso achar o que você perdeu.
n: você não pode lidar com coisas que pra mim são enigmas.
c: eu posso tentar.
n: você quer?
c: sim, só não apague as luzes.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
16
abr
O que (não) deve ser...
Era claro como água a situação em que se via. Desastre. Seus planos se classificavam assim. Desistência não era cogitada no início. Foi inevitável. Táticas infindáveis com apenas um propósito: dar sentido aos sentidos. Desastre. Pensava nessa palavra como seu túmulo, ou sua imortalidade. Início e fim. Apostou tudo em suas chances, e continuou provando como sua sensatez pode ser contraditória... Um alto exemplo de fracasso. A prova viva da realidade, ao menos da sua.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
08
abr
A arte de ser (in)completa.
Querer ser metade e ser inteira
Não se arrepender das ações
Ser traída pelas reações
Não ser total para dar lugar ao imparcial
Não se arrepender das ações
Ser traída pelas reações
Não ser total para dar lugar ao imparcial
08
abr
pra se acostumar.
Medo. Coragem. Medo. Coragem.
Alternando meus monstros particulares, até o dia em que eles serão hábitos.
Alternando meus monstros particulares, até o dia em que eles serão hábitos.
08
abr
quem sabe...
ele&ele: se esforça e tenta lembrar de coisas que te deixam satisfeita.
ela&ela: eu queria ter que me esforçar pra lembrar de coisas que me deixam insastisfeita, não o contrário.
ele&ele: mas aí seria muito fácil, e você sabe que ninguém dá valor à coisas fáceis.
ela&ela: poderia ser difícil, não é isso. o problema é muitas vezes ser impossível...
ela&ela: eu queria ter que me esforçar pra lembrar de coisas que me deixam insastisfeita, não o contrário.
ele&ele: mas aí seria muito fácil, e você sabe que ninguém dá valor à coisas fáceis.
ela&ela: poderia ser difícil, não é isso. o problema é muitas vezes ser impossível...
